Continuando com a análise, o C3 GLX 1.4 Flex vem com direção por assistência elétrica, vidros, travas e retrovisores elétricos nas 4 portas, computador de bordo, ar condicionado analógico e alarme para limite de velocidade. É fácil saber pelos prospectos que o motor gera 80cv com gasolina e 81cv com álcool, além de outras especificações técnicas que fogem do escopo deste artigo.
Impressão Inicial: o carro é moderno. Como design é pessoal, alguns gostam, outros não. A posição de dirigir é versátil, com ajusta de altura e profundidade do banco do motorista e altura e profundidade do volante. O interessante na posição de dirigir é ser consideravelmente mais alta que do Gol e do Palio. O vidro curvo do pára-brisa causa estranhamento no início, e os retrovisores são médios em tamanho. A altura do teto é bastante satisfatória, mesmo para quem tem 1,90m. Os comandos para abertura dos vidros estão mal localizados, tanto os dianteiros inferiormente ao console central e os traseiros, atrás do freio de mão.
Em uso: a direção por assistência elétrica é a grande estrela do carro. Extremamente macia (até quando comparada aos outros carros da Citroën) possibilita girar o volante com um dedo com o carro parado, o que facilita bastante nas manobras de estacionamento. A direção ajusta-se progressivamente com a velicidade, ganhando firmeza, o que é bom na estrada. Como é um carro pequeno, é fácil de estacionar e bastante ágil com até duas pessoas. Satisfatório em subidas e ultrapassagens (a não ser com 4 pessoas ou porta-malas cheio). Comigo fez 10km/L de álcool na estrada e 7,5km/L na cidade. Com gasolina foram 13,5km/L e 10km/L respectivamente. O câmbio não é destaque, positiva nem negativamente.
Teste do tempo: rodei 130.000km em 3 anos com ele, 70% na estrada. Não houve batidas neste período. Nunca tive problemas elétricos ou mecânicos. Parei de realizar as manutenções na concessionária após o prazo da garantia (vide desvantagens), e apenas troquei itens de desgaste natural (pneus 2x, velas, kit de correia dentada, pastilhas de freio, óleo, filtros, líquido de arrefecimento e fluido de freio). A única peça que tive que trocar foi o contentor de fluido de freio, que apresentava vazamento (e custou R$ 20,00). O carro foi arrombado pelo pequeno vidro da porta dianteira uma vez, antes de eu instalar o alarme (felizmente não tinha nada de valor, somente levaram o estepe e o porta-moedas removível). Os ruídos de idade do carro (rangidos e acabamentos batendo) são relativamente discretos e foram percebidos por volta de 80-90.000km. A direção após os 100.000km ficou levemente mais firme. E a suspensão mais dura.
Desvantagens: a manutenção não é barata. Nada que impeça a aquisição, mas não é tão barato quanto um modelo mais popular. Minha experiência de manter em concessionária o período da garantia foi muito boa. Mas depois não vi desvantagens em levar em oficinas "genéricas". O banco traseiro é curto no apoio para as pernas. A posição de abertura dos vidros, como já citada, é ruim. O fechamento dos vidros não tem função um toque (mas pode ser colocada junto com o alarme). O espaço para os mais altos no banco traseiro é prejudicada pela curvatura do teto. O computador de bordo mede consumo pelo padrão europeu (L/100km). A desvalorização é alta. Na própria concessionária avaliam 20-25% abaixo da tabela FIPE, isso para trocar por outro carro zero.
Opinião do Avaliador: é um excelente carro. O público feminino aprova, principalmente pela posição de dirigir alta e a direção muito leve. O pós vendas é bom, mas a mão de obra na concessionária é muito cara. Comigo foi um carro extremamente confiável e eu compraria outro tranquilamente.
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